domingo, dezembro 18, 2005

A culpa é do Lontra

Noite de sábado, a anteceder a noite de Natal, os amigos encontram-se e contam-se as contas ao ano que passa. Pesado, demasiado pesado para todos, quase 360 dias para esquecer, o mais rapidamente possível, preferivelmente no espaço do segundo que nos transportará de ano...
Mais ou menos nos mesmos tempos, fez-se, desfez-se, chorou-se, criou-se, e só se teima em levar para o ano que vem a esperança de tempos melhores e a certeza de que parte do pouco saldo positivo deve-se a cada um de nós que fomentou carinhosamente a ligação entre todos, com altos e baixos, arrufos humanos, mas força presente e muito sentida nas horas de maior aflição das almas...
Desejos? Muitos por cumprir, um que se prometeu ir cumprindo, encontrarmo-nos mais vezes no espaço e no tempo, porque na mente está-se sempre presente...
A culpa descobriu-se... Foi do Lontra... E tudo aconteceu...

domingo, dezembro 04, 2005

Memórias felizes com gente...

Fim de semana chuvoso, agreste mesmo...
Norte também de mim, ou talvez o simples encontro de um norte que já não é o meu!
Eu, a marinhar por um rumo entre tantos possíveis, e os fantasmas teimosamente atrás de mim, a tentar fugir ao baú das memórias, por um labirinto que sou eu...
Já não há tempo para lamentos, as recordações acomodam-se num livro que me foi oferecido. Curiosamente o único que tenho de uma das terras onde vivi, aquela onde vivi mais no menor tempo!
E eu que sempre fugi a monografias pequeninas de terrinhas minúsculas, perdidas num mapa e entre linhas de comboio ou serranias altaneiras...
Tempos felizes, finitos, nas memórias de pessoas que já são outras!