sexta-feira, janeiro 26, 2007

Entre vírus e suspiros...

Malditos vírus!
Entre suores frios, picos de temperaturas loucas, dores em todos os músculos (e em mais alguns que nem me lembrava que tinha), e a estadia inevitável na cama... Descubro, entre esparsos momentos de vigília e outros de tremores, que a televisão portuguesa é tão deprimente quanto teima em continuar a ser o país...

Ainda não sei se me sinto a morrer da gripe ou de tédio.

Salvam-se alguns programas da velhinha 2:!

Recapitulação...

Depois de um e-mail enorme, que não vem agora aqui ao caso, e porque continuo a achar que anda por aí muita confusão:


“Feminismo: [. . .] s.m. (Do fr. féminisme). 1. Doutrina que preconiza a ampliação legal dos direitos da mulher, a equiparação dos seus direitos civis e políticos aos do homem. [. . . ].” In: ACADEMIA das CIÊNCIAS de LISBOA; Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, 2001, Editorial Verbo, Lisboa.)

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Resposta a um amigo...

Pedro,

Como deves ter reparado tenho estado muito caladinha em relação a esta questão, não que não me importe, muito pelo contrário - se bem te lembras no último referendo envolvi-me e com muito orgulho -, mas porque simplesmente não tenho tido oportunidade pessoal para o fazer.
Já que envias esta resposta/contra-resposta, não sei se de forma provocatória, sinto-me totalmente no direito de as comentar - porque penso que muitos dos argumentos que se têm esgrimido de parte a parte não abonam em defesa de uma discussão responsável do problema - :

1. O que está em causa neste referendo não são as questões morais de cada um, ou a defesa ou não do aborto (que isso a cada um compete julgar da sua vida e das suas opções), mas tão simplesmente a DESPENALIZAÇÂO do acto. Isto é, o que se pergunta é tão somente se devemos ou não continuar a criminalizar as mulheres por terem optado por interromper a sua gravidez.
Neste caso ainda argumento que, caso o NÃO vença, teremos de arcar com as consequências de mandar não só mulheres para a prisão, como também os seus companheiros e todos quantos estiveram envolvidos no acto (e neste caso contam-se muitos médicos).
Pessoalmente, acredito que as leis vigentes e maioritariamente consensuais devem ser cumpridas apesar de qualquer atenuante que possa existir!

2. Independentemente do teu quadro de valores, o aborto continuará a ser praticado (como sempre o tem sido desde tempos imemoriais) e a sociedade continuará a fingir que não sabe, que não aconteceu. Mesmo em condições ideais, muitas mulheres e alguns companheiros optarão sempre por esta solução, ainda que com uma grande dor de alma e de ânimo muito pesado. Nesta situação a solução será sempre uma de duas: - ou se tem dinheiro e vai-se a um outro qualquer país; ou não se tem dinheiro e confia-se em pessoas sem escrúpulos e condições para o fazer. Na última opção encontram-se os mais desprotegidos, nem sempre os mais pobres, muitas vezes os mais jovens, inexperientes e com dilemas emocionais tremendos.
Em qualquer dos casos os mais directamente envolvidos sofrerão. No pior dos casos, mulheres continuarão a ser vítimas de falsos técnicos e pagarão com a saúde ou a própria vida. Perdemos então todos! Perdemos uma mulher ou, no menos mau dos casos, podemos perder algumas crianças, que essas sim teriam sido muito queridas, porque o risco de esterilidade permanente é muito grande.

3. O serviço nacional de saúde gasta muito mais com as consequências de um aborto mal feito do que gastará em todo o processo, a acrescer ao facto de eventualmente se conseguirem dissuadir mulheres de abortarem, caso estas sejam devidamente acompanhadas.

4. Mais do que uma questão de falsas moralidades este é um facto hodierno de enquadramento penal (por esta razão sempre defendi que deveria ter sido resolvido em plenário e nunca em referendo).

5. Qual a tua legitimidade em impor aos outros e outras o teu quadro de valores, quando está em causa uma questão de saúde pública e onde os únicos verdadeiros lesados são os mais directamente implicados no assunto, i.e., a mulher e o seu eventual companheiro?


Peço-te que reflictas em todos estes pontos e depois e de arranjares pelos menos 3 argumentos contra ou a favor de cada um deles, então optes por um dos lados e votes em consciência.



Recebe um grande abraço e dá um mega beijo às tuas princesas,
Ruiva

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Provocações que não o são!

Porque estou farta de tanta hipocrisia!
Porque, ninguém pode impor os seus valores a outrem!


Porque, embora defenda a liberdade de expressão e acredite piamente que cada Ser Humano tem direito às suas crenças e opiniões, não admito que se utilizem argumentos tão absurdos que raiam o criminoso…

E, sobretudo, porque SIM!!!

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Desabafo IX

Os nós biológicos não se deveriam sobrepor, jamais, aos laços emocionais!
O sangue pode ter muitas razões bíblicas a dar-lhe peso, mas os actos de amor genuíno são um peso maior por si só...

segunda-feira, janeiro 15, 2007

O outro Souza-Cardoso

Foi mais ou menos há três anos atrás...
Conheci-o numa circunstância tão normal como qualquer outra, o seu apelido Souza-Cardoso prendeu-me de imediato a atenção.
Perguntei-lhe se era alguma coisa ao pintor, se a sua família seria do Norte, respondeu-me que sim, que os avós eram de Amarante, que ainda lá tinha família, não muito próxima, e que um familiar lhe teria confidenciado quando era criança que tinha um pintor na família, o seu tio-avô, mas que tinha morrido muito novo e há muito tempo... Nunca mais se falou no assunto, nunca mais lhe disseram nada acerca daquele tio-avô que até tinha sido pintor!
Ficou surpreendido pela minha associação. Pediu-me para lhe falar do pintor que era seu tio-avô. Perguntou-me se era famoso, se a sua obra era importante, se pintava coisas bonitas...
Falei de improviso o que sabia. Ouviu-me de olhos muito abertos e no fim agradeceu-me ter-lhe falado sobre aquele familiar que não conhecia...
Pediu-me para lhe arranjar material, coisas que pudesse ver e ler sobre o tio-avô, prometi-lhe que sim, que o faria, mas nunca mais nos vimos...
Espero que agora não tenha perdido a oportunidade de conhecer finalmente o tal Souza-Cardoso que pintava e era famoso, espero que finalmente tenham ficado familiares...

A hora e meia de espera na fila valeu bem a pena!

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Mensagem de ano novo!

Chegámos, mais tarde do que o previsto, mas já estamos por cá!
Para início de ano já tivemos algumas aventuras: - porta trancada com chave por dentro, vizinhos a tentarem ajudar e a apoteose com os bombeiros a partirem o vidro da cozinha para poderem entrar e abrir a malfadada porta!
De qualquer forma, aqui ficam os votos de ano novo...

Ah! E muito exercício físico para queimar o pneuzinho que ficou das festas!