domingo, setembro 24, 2006

Senhora de Sua Graça

Amiga,


Hoje, ao espalhares os pós suaves da maquilhagem e depois de apertares, um por um, todos os botões do teu encanto, mais não terás feito do que confirmar a fragilidade resistente da garça e a coragem destemida da leoa que em ti se concentram.
No teu regaço aninhar-se-à a esperança sublime de quem se tem a si por leal guerreira, apostada em desafiar todos os futuros, de todas as vidas.
Hoje, acompanhar-te-ão: o companheiro que escolheste para a vida, o desejo de um início puro e infinito como uma folha do mais branco papel, escrita pela mais cândida e suave pena, e a certeza da minha amizade contemplativa e eufórica.
A teia de seda que agora começas a tecer terá muitos fios de muitas cores e em todos eles ofereço-me eu, silenciosa vigilante, para te prestar o meu cuidado, desejosa de te ver senhora e dona do mais belo manto.
Dos momentos sublimes que este seja apenas um, mais um, a contar para a história.



De mim o melhor para ti.

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