segunda-feira, dezembro 18, 2006

Até já!


Vamos de férias, comer filhós, sonhos e bolo-rei. Voltamos no próximo ano!

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Desabafo VIII

3 páginas em 4 horas! É pouco, é pouco...
Não sei se estou velha, cansada ou preguiçosa... Na dúvida levo tudo!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Era para ser às 500, mas que se lixe!

Ena, ena, já vamos nas 400 visitas!
Anda mesmo por aí muita gente que não sabe o que fazer com o tempo... ;o))

Esclarecimentos p.f....

Alguém que me ajude! Estou com um grave problema de desobediência felina...
A Lua acha que é um cão e morde tudo o que apanha a jeito, com especial apetência para partes do corpo descobertas. Mas, esta é só uma das suas manias... Gosta de trepar pelo corpo das pessoas até se acomodar nos ombros, tipo papagaio; atira-se à cara quando vê alguém deitado desprevenido, ainda que o faça com as unhas recolhidas e adora morder narizes...
Mas isto ainda não é tudo...
The last but not the least, adora subir para móveis onde sabe, pela intensidade do meu ralhete, que não pode estar...
O que é que eu faço com esta gatinha hiper mimada, hiper activa e muito, muito, teimosa?
Por favor, digam-me que é uma fase, que passará quando chegar ao estado adulto...

Ah! Tirando isto, é uma felina amorosa...

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Contexto histórico, ou falta dele...

Hoje ouvi num programa de televisão, a propósito de uma obra de beneficência, que a pobreza dos nossos dias é diferente da do passado. Querendo com isto dizer a oradora, que hoje em dia existe muita gente que não entra nos cânones tradicionais de pobreza e que necessita igualmente de ajuda, dando o exemplo de recém-licenciados, ex-comerciantes, ex-industriais...
Eu fiquei presa nesta constatação, e mais uma vez pensei na falta de conhecimento histórico da população (tenha ela a instrução que tiver e ocupe os cargos que ocupar...).
Então, esta não é já uma realidade que nos acompanha desde a Idade Média? Quando os filhos segundos da nobreza eram votados à mais pura miséria, caso não conseguissem um bom casamento ou entrar para um convento... Não foi esta a principal razão que levou às Cruzadas milhares de jovens mancebos?
E este problema não se arrastou no espaço e tempo? E quando com os descobrimentos a economia arrancou à escala planetária (ainda que já desde o século XIII houvesse uma economia florescente que levou ao nascimento da burguesia), estes nobres não continuaram a ficar para trás, porque o mester de mercantilizar não era digno da nobreza ainda que fosse e permanecesse pobre?
E não foi este problema de uma elite por linhagem estar cada vez mais empobrecida (porque a terra tinha perdido todo o seu valor monetário e místico) que levou mais tarde, a partir dos finais do séc. XVIII, aos casamentos por interesse entre uma burguesia endinheirada e uma nobreza que de valor só tinha o título? Coisa que nem todos os desafortunados nobres conseguiam, enterrando-se cada vez mais numa pobreza envergonhada...
E muito mais tarde, já no século XX, quantos industriais não foram à falência em ondas de crise mais ou menos generalizadas?
Eu sei, eu sei, que neste Portugal pequenino sempre tudo foi feito numa escala pequenina e a percepção dos problemas sempre foi embrulhada em doces ideologias de uma província bucólica que tentava esconder o provincianismo de todo um país! Pobrezinhos mas honrados!...
Em todo o discurso da suposta nova pobreza, só encontro uma verdadeira diferença, realmente o fenómeno de gente instruída no desemprego é uma novidade! Nunca no passado um lente deixou de ter trabalho e consideração. Agora, ter emprego já uma questão de sorte!
Mas tirando este pormenor, alguém me sabe dizer se o Mundo mudou assim tanto? Ou é o conhecimento que vai, cada vez mais, faltando?

Mas, estamos em vésperas de Natal... Façam muitas e boas acções!

domingo, dezembro 10, 2006

Ironias...

Pensar em Itália tendo como banda sonora dos tempos àureos um compositor belga, Wim Mertens!

É verdade quando se diz que a vida de qualquer um de nós pode ser narrada em bandas sonoras...

Ah! E o homem continua igual e igualmente genial! ;-)

A propósito do Chile...

Morreu mais um ditador!
Tenho andado a pensar se me devo regozijar ou não, se devo escrever um texto alusivo ao dito, ou não...
Decidi que o ditador, como muitos outros que já morreram ou ainda estão vivos, não me merece nem o trabalho de escrever uma única linha. Já as vítimas, essas merecem toda as minha consideração, toda a minha indignação e todas as minhas lágrimas!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Desabafo VII

Eu sei, eu sei, que estou a ser irritantemente desmancha-prazeres...

Mas, como diz o outro: - Natal é sempre que o Homem quiser; e esta mulher aqui, ou seja eu, este ano também não quero!

E tenho dito!

Isto tem dias...

Uns dias acordo com uma questão a martelar-me a cabeça e o ego : - Porque raio me meti nisto?
Nos outros dias sai-me a derivação: - Porque raio faço tanta questão em terminar esta porcaria?


Sei que não sou a única a arrastar-me pelos dias com uma tese a tiracolo, também sei que estes pensamentos não habitam apenas a minha simpática cabecinha... De qualquer forma, não me sinto nem mais feliz nem menos angustiada!

domingo, dezembro 03, 2006

Desabafo VI

Há dias em que as nebulosas somos nós !
Há dias em que nos fartamos de tropeçar em buracos negros...
Há dias em que se jura a pés juntos que se sente a Terra a girar ao contrário!

domingo, novembro 26, 2006

No dia do adeus...

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

Mário Cesariny

sábado, novembro 25, 2006

Descubra as diferenças...

Muito, muito curiosa...
E lá em baixo a vida corre mais ou menos apressada, mais ou menos despreocupada!
Quem serão aqueles seres a voar? Tão diferentes!...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Auschwitz


Um ano depois:

A fotografia que não fomos capazes de tirar,
As palavras que não conseguimos dizer,
As frases que ainda não consegui escrever...

Em memória de todos os inocentes,
Os de hoje e os de ontem,
Da Palestina a Darfur.

terça-feira, novembro 14, 2006

Desabafo V

Cuidado connosco!
Hoje andamos terrivelmente beligerantes...

A quem interessar...

A final, o mito de mais 6 meses de adiamento é uma realidade...

Ainda não decidi se isto é bom ou mau...
Vou pensar no assunto!

sábado, novembro 04, 2006

Novidades do bólide da casa...

O carro está de saúde. Com um capô novo, mas de saúde!
No fim das contas, até me portei bem!
Não entrei em pânico, a Lua nem sequer se apercebeu. Não provoquei nenhum choque em cadeia. Não estaquei na estrada quando ouvi o estrondo. Consegui andar uns 5 metros com visibilidade nula. Encaminhei o carro para a berma e não bati em nada que estivesse na dita.
E tudo isto a pensar se me teria caído um asteróide em cima do carro, ou, se estaria a ver bem e o capô do meu carro ter-se-ia aberto em pleno andamento e ficado colado ao vidro...
Esclareçam-me uma dúvida: - quantas pessoas se certificam que o capô está bem fechado quando vêm do mecânico? Mais... Sobretudo se levaram o carro para arranjar o elevador do vidro de uma porta?
Será azar meu? Ou o carro estará a tentar passar-me alguma mensagem?

quinta-feira, outubro 19, 2006

De volta à velha luta...


"Não desejo que a mulher tenha poder sobre o homem, mas sobre si mesma."

Simone de Beauvoir





Pelo direito à escolha com dignidade!
Por uma solução que não devia passar por um referendo!
Pelo fim da hipocrisia!
Porque ser mulher não tem de ser sinónimo de mãe!
Porque uma criança não deve ser uma fatalidade...

quarta-feira, outubro 18, 2006

Estou a vêr-vos...


A Lua à conquista do espaço!

sexta-feira, outubro 13, 2006

Contabilidade do ano

Ainda o ano vai a 3/4 e já se podem contabilizar: dois espelhos partidos e uma sexta-feira 13 partilhada com uma gatinha preta, Lua de seu nome…
Pena não ter sal cá por casa!


Se calhar, o melhor é saltar para a vassoura e ir tomar um copo ao bairro alto...

domingo, outubro 01, 2006

Lua


A Lua nasceu para esta casa debaixo da janela da sala, encoberta por um guardanapo de papel…
Horas antes tinha estado naquela mesma janela, qual balcão de Julieta prosaica – como o são todas as filhas da contemporaneidade – a falar à distancia de um telefonema com um amigo presente na lonjura das geografias, e nada, na realidade nada… Depois veio a observação de que poderíamos ter uma Lua desesperada em qualquer firmamento sem firmeza.
Ela apareceu misteriosamente, bem de saúde, a tiritar e a miar, sem perceber o que lhe teria acontecido, que pedaço da sua certeza se teria eclipsado. Está bem, bebe ainda por uma seringa, muitas seringas de leite ao dia, pede muitos mimos e adora dormir no meu pescoço, a desafiar o mais ousado equilibrista. Ronrona como felina grande e cabe na palma de uma mão!
Alguém comentou que nunca tinha visto corpo celeste tão pequeno...
É a nossa Lua.
Calhava-lhe melhor Dulcineia, mas ficou Lua.

domingo, setembro 24, 2006

Senhora de Sua Graça

Amiga,


Hoje, ao espalhares os pós suaves da maquilhagem e depois de apertares, um por um, todos os botões do teu encanto, mais não terás feito do que confirmar a fragilidade resistente da garça e a coragem destemida da leoa que em ti se concentram.
No teu regaço aninhar-se-à a esperança sublime de quem se tem a si por leal guerreira, apostada em desafiar todos os futuros, de todas as vidas.
Hoje, acompanhar-te-ão: o companheiro que escolheste para a vida, o desejo de um início puro e infinito como uma folha do mais branco papel, escrita pela mais cândida e suave pena, e a certeza da minha amizade contemplativa e eufórica.
A teia de seda que agora começas a tecer terá muitos fios de muitas cores e em todos eles ofereço-me eu, silenciosa vigilante, para te prestar o meu cuidado, desejosa de te ver senhora e dona do mais belo manto.
Dos momentos sublimes que este seja apenas um, mais um, a contar para a história.



De mim o melhor para ti.

terça-feira, setembro 19, 2006

Sobre Clarissa

Clarissa não gosta de se ver ao espelho… A imagem que ele lhe devolve envolve-a num misto de repugnância e de incredulidade, assalta-a o desejo de ser etérea, de fazer a sua massa corporal desaparecer como que por magia e com ela todos os problemas que dia após dia lhe fazem companhia ao deitar e ao acordar.
Não gosta de comprar roupa, não gosta de sair, não gosta de estar, adoraria poder-se esconder eternamente num qualquer lugar, longe da vista de todos, onde tivesse apenas por companhia um livro…
Clarissa não sabe que fazer de si, apenas tem como certeza a vontade de fugir, para muito longe, para um lugar também ele etéreo onde pudesse enfim banhar-se em água pura, símbolo de renascimento.

Segurança nenhuma, desafios, muitos, vontade e força para travar batalhas, a fraquejar cada vez mais, e aquele extenuante cansaço corporal para afoguear a alma e os movimentos cada vez mais lentos...

quinta-feira, agosto 31, 2006

Provérbio Norueguês

“Faz uma viagem dentro de ti e lembra-te que lá estiveste.”

Lamento do dia que passa...

Os dias que se arrastam pelo quotidiano levam consigo as pedras de outros caminhos, e os peregrinos deixam atrás de si novenas feitas de fé, oradas com contas talhadas nos esqueletos mórbidos da suprema redenção.
A vida, dizem, é para ser vivida de um só fôlego, como se um trago de realidade fizesse de nós mais humanos.
Nós, limitamo-nos a representar vezes sem conta a história da crisálida que nunca se metamorfoseou em borboleta, apesar de saber que chegados a provecta idade continuaremos a balbuciar em longa narrativa, com direito a muitos parêntesis, as belas cores que deveras acreditámos ter e as flores em que tombámos em doce cama.
E temos, de certeza antiga e profunda, a sabedoria de quem conseguiu gerar descendência em plena travessia de um qualquer oceano.
Em paz não morre quem na vida teimou em se acautelar, quem deixou um e se escapar…

segunda-feira, julho 31, 2006

EU, FEMINISTA, me confesso...





Palavras para quê?
Abaixo os preconceitos sobre o feminismo!
Pelo renascer de um novo ideal feminista!
Porque tudo está por fazer...

sexta-feira, julho 28, 2006

Ao telefone...

Eu – … desculpe, podia-me fazer o favor de dizer o prazo final de entrega da minha dissertação?

Voz – … com certeza… Foi em Setembro de 2005.

Eu – (Arritmia) Como é que é possível, se só nos inscrevemos para tese em Fevereiro de 2005, e até nos aceitaram todos os pedidos de adiamento????

Voz – Ah! Já houve pedidos de adiamento! Desculpe, não tinha dito… e eu…

Eu – (Suspiro de alívio) Desculpe a culpa foi minha, subentendi que sabia…

Voz – Não. Mas vou já saber. Ora bem… O seu último pedido de adiamento foi em Setembro de 2005, portanto…

Eu – (À beira de um ataque cardíaco) … Desculpe, veja bem… É que eu fiz um novo pedido em Abril deste ano, bem sei que já foi fora de horas… Mas como não me disseram nada assumi que mo tinham autorizado…

Voz – Sim…Tem aqui um pedido de adiamento de Abril... Mas de 2005...

EU – (Falta de ar) … Como??? 2005???... Desculpe, já agora faça o favor de verificar se uma das razões invocadas não terá sido por motivo de doença de um familiar?

Voz – Sim… Exactamente!... Mas… espere… que estranho… a autorização só lhe foi concedida a 15 de Maio de 2006!

Eu – (suspiro de alívio + gargalhada) Pois… foi… foi isso… Na altura estava tão transtornada que nem reparei que estava a utilizar a data errada, e pelos vistos não fui a única… ninguém me disse nada!
...

Eu – (Apreensiva) Mas esse engano não me vai trazer problemas, pois não?

Voz – Não! Claro que não, se a autorização lhe foi concedida… Mas se o quiser rectificar, pode passar por cá e…

Eu – Não! Deixe… Mas, e a data de entrega?

Voz – Ah! Sim… pois bem… são 6 meses após a data da autorização… Portanto 15 de Novembro.

E a saga continua...

segunda-feira, julho 24, 2006

Desabafo VI

Porque é que as pessoas não vêm com um manual de instruções incluído?

Dramas familiares...

Mesmo quando são com os outros deixam-nos a pensar...
Talvez, a família, seja a instituição mais antiga do mundo... talvez até seja na sua essência disfuncional...
No fundo, não passa de um grupo de pessoas diferentes que apenas mantêm um laço de consanguinidade entre si, esforçando-se (ou não) por conviver o mais harmoniosamente possível... Contudo, individualmente têm expectativas, ambições, e formas de ver e fazer igualmente divergentes.
Mas... Se no fim de todos os recursos, não poder-mos contar com eles, vamos contar com quem?!?

terça-feira, julho 18, 2006

Um quase desabafo

18 foi o dia... à três anos atrás... 18 foi o dia.
Passou tão depressa! Quase tão depressa como passo em revista mentalmente estes três anos...
Ofereceram-me uma caneta de prata pela ocasião, perdia-a um ano depois... Se calhar foi obra da diligente fortuna que sabia que estes três anos não eram para ficar registados. Não foram, de todo, dignos de registo! Em película cinematográfica equivalerão a um fortuito registo, a uns simples três segundos de marasmo, desencanto e desilusão... Três segundo longos, demasiado longos... Três anos que correram tão depressa. Não foram capazes de voar, tropeçaram em todos os obstáculos que encontraram pelo caminho, e mesmo naqueles que não encontraram. Três anos fugazes e simultaneamente tão pesados...
Passaram tão depressa, dando por isso quase todos dias!
Longo e indelével tempo que teimas em continuar o teu acidentado percurso sobrevivente a 18, prenhe de novas esperanças e outros tantos filmes. Um dia Janus te julgará as vidas...

sexta-feira, junho 23, 2006

Postal atrasado!

Olá! Parabéns!
Mais um ano passado... não vale a pena chorar. Bem sabemos que não foi grande coisa... já passou. Melhor assim.
Agora, é tempo de sonhos cumpridos, de projectos concluídos... já. Chega de modéstia; chega de perder. Chega de mãos cheias de nada. Tens de querer tudo: um império é pouco, o mundo que se renda. Pediste à vida uma fatia transparente de um gigantesco bolo. O que te foi dado? Nem uma mísera migalha. Agora tem que ser todo teu: não tens nada a perder.
À luta!!

Beijinhos

De uma amiga

quarta-feira, junho 21, 2006

Desabafo V

Errar redondamente, redimir-me completamente, acertar espontaneamente e... mudar sempre!

sábado, junho 17, 2006

Fafe, 17 de Junho, 2006

Querida Amiga, Irmã,

Hoje, neste dia tão importante para o resto da tua vida, não vou poder estar contigo pessoalmente, fá-lo-ei em espírito, prometo-te… Permanecerei contigo em todos os momentos (excepto na noite de núpcias) desta tua tão importante celebração, ainda que só em pensamento.
Ver-te-ei subir ao altar, dizer o sim, chorarei contigo de emoção e não te podendo dar um beijo sentido, sentir-me-ás animicamente a abraçar-te e a desejar o melhor dos mundos, porque tu simplesmente mereces…
Comigo, contigo, estarão hoje os momentos em que rimos, chorámos, me abraças-te quando eu mais precisava, dormiste comigo, jantámos, almoçámos, cozinhámos, brincámos, estudámos e prometemos discrição uma à outra…
Lembras-te quando o creme do jantar de Natal derramou? E quando improvisámos uma sobremesa degustada como prato principal? Pois, desejo, do fundo da alma, que a vida que agora vais começar e partilhar seja também ela recheada de creme doce e que a sua textura se espalhe por todos os momentos menos doces que terás de enfrentar!
Tu serás sempre a minha irmã, e porque adoptiva foste escolhida, e porque não tenho irmãs e tu também não, ofereço-te agora e sempre o meu ombro e o meu regaço para puderes, sempre que necessitares, descansar neles todos os EU que tu também és e serás, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza…
Hoje e sempre estou contigo!



De mim o melhor para ti!

domingo, junho 11, 2006

Conversa a 2 tempos...

- … Realmente é assim… Isto não passa de baralhar e dar o mesmo!
- …
- …
- Tens completa razão… Na verdade somos todos feitos da mesma massa: cães, gatos, ratos, sapatos…
- Sapatos?!? Os sapatos não têm ADN! Não são organismos vivos…
- … Deixa! Isto é dos soluços… cortaram o oxigénio ao cérebro!... Mas… Espera!.. E se os sapatos forem feitos de pele de bicho?!? Cobra? Crocodilo? Vaca? Boi? Hã???...
- Ah! Ah! Ah! Tens razão… Mesmo se a sola for de borracha, é um sucedâneo de seiva vegetal, logo tem ADN… OK! Aprendemos uma coisa hoje, afinal os sapatos têm ADN!!!!!!!!

sábado, junho 10, 2006

Desabafo IV

Uma vontade irreprimível, que se desprende das entranhas mais recônditas, onde o desejo de ser se confunde com o desejo de fazer, de começar de novo... O querer voltar página e inspirar profundamente o branco, o não escrito ainda, enfim!

Desabafo III

Remoer esperanças antigas, triturar as que se julgavam novas, e continuar sem vocação!...

sexta-feira, junho 09, 2006

Desabafo II

Olhar para o céu à noite à procura de estrelas e experienciar profusamente a ansiedade imensa que o peso incomensurável do infinito traz consigo!...

quarta-feira, junho 07, 2006

Em contagem decrescente... Desabafo I

A teimosia de empurrar com ambas as mãos e todas as forças as paredes permanentes e bifurcadas!...

sábado, maio 20, 2006

O que aconteceria na mais bela bandeira do mundo?

O que aconteceria se fossem:
- 18 mil mulheres com as cores da bandeira nacional para protestarem contra o estado do país?
- 18 mil mulheres unidas contra a descriminação?
- 18 mil mulheres a exigirem os seus direitos?
- 18 mil mulheres a pedirem responsabilidades por sermos sempre os últimos no que realmente interessa?

E se fossem 18 mil mulheres contra o retorno à trilogia "futebol, Fátima e fado"?

E se fossem muitas e muitos mais a exigir muito mais e melhor?...

segunda-feira, maio 01, 2006

1 de Maio


Pelo dia 1 de Maio!
Por todos os dias!
Pelo pão, pela casa, pela saúde, pela educação...
Por uma vida digna!
Por todos os direitos de todos os homens e de todas as mulheres, que não se medem aos palmos!
Por todos os dias e pela eternidade que a História confere…

sexta-feira, março 10, 2006

Eterno Ary

A Liturgia do Sangue

Caminharemos de olhos deslumbrados
E braços estendidos
E nos lábios incertos levaremos
o gosto a sol e a sangue dos sentidos.
Onde estivermos, há-de estar o vento
Cortado de perfumes e gemidos.
Onde vivermos, há-de ser o templo
Dos nossos jovens dentes devorando
Os frutos proibidos.
No ritual do verão descobriremos
O segredo dos deuses interditos
E marcados na testa exaltaremos
Estátuas de heróis castrados e malditos.
(...)
Ó deus do sangue! deus de misericórdia!
Ó deus das virgens loucas
Dos amantes com cio,
Impõe-nos sobre o ventre as tuas mãos de rosas,
Unge os nossos cabelos com o teu desvario!
Desce-nos sobre o corpo como um falus irado,
Fustiga-nos os membros como um látego doido,
Numa chuva de fogo torna-nos sagrados,
Imola-nos os sexos a um arcanjo loiro.
Persegue-nos, estonteia-nos, degola-nos, castiga-nos,
Arranca-nos os olhos, violenta-nos as bocas,
Atapeta de flores a estrada que seguimos
E carrega de aromas a brisa que nos toca.
Nus e esnsaguentados dançaremos a glória
Dos nossos esponsais eternos com o estio
e coroados de apupos teremos a vitória
De nos rirmos do mundo num leito vazio.

José Carlos Ary dos Santos

quarta-feira, março 08, 2006

Sentir-me viva, novamente!

Hoje, Dia Internacional da Mulher, poucos meses após ter falecido Alzira Lemos e dias depois de um relatório da Comissão Europeia[1] ter constatado que Portugal é um dos países membros onde o fosso salarial entre os sexos mais se acentuou, importava, mais do que nunca, pensar a situação actual das mulheres e dos homens em Portugal.
As mulheres portuguesas ganham cerca de 10% menos em relação aos seus colegas homens, são elas quem mais tem dificuldade em encontrar emprego, quem mais trabalha a tempo parcial, e quem menos representatividade tem em cargos de direcção.
É um facto que as mudanças comportamentais da sociedade só são possíveis com muito esforço, sendo por isso de valorar o papel das gerações mais novas.
Os jovens e as jovens são veículos por excelência para a transformação social e é neles e nelas que se centram alguns dos projectos europeus que visam a igualdade de oportunidades entre mulheres e homens.
Importa por isso fazer comparações entre a realidade nacional e a dos seus congéneres europeus.
Quais as directrizes europeias, como se têm aplicado?
Mais de metade da população é composta por mulheres, porém estas ainda não conseguiram obter igualdade no cenário político e nos processos e posições de tomada decisão na esmagadora maioria dos países. São quem ainda acumula tarefas nas várias esferas da vida pública e privada e quem mais dificuldade tem no mercado de trabalho.
Contudo, nos países ocidentais saem em maior número das universidades e em todo Mundo a ONU tem levado a cabo uma cruzada pela escolarização feminina como forma de combate à pobreza.
Em 1985 em Nairobi, a ONU, na terceira Conferência Mundial sobre Mulheres, introduziu uma nova estratégia para as políticas de igualdade de género, trazendo à cena internacional uma nova visão sobre o género que atingiu o seu zénite com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Esta é uma questão de Justiça social!
O artigo 23 (1) da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia estipula que “a igualdade entre homens e mulheres deve ser assegurada em todas as áreas, incluindo emprego, trabalho e salário”.
A União Europeia tem trabalhado no sentido de corrigir as desigualdades nos diversos estados membros. O método consiste numa abordagem dual, incentivando acções positivas em conjunto com o mainstreaming de género mobilizando todos os protagonistas e firmando responsabilidades.
Esta dupla abordagem tem vindo a ser complementada com: - uma crescente formação e consciencialização do pessoal chave; - e monitorização e análise de dados estatísticos.
O termo mainstreaming de género é relativamente novo e a sua implementação na Europa é recente. O seu conceito deu origem a muitos debates e críticas e o desafio imediato prendeu-se com a sua própria definição.
O Conselho da Europa definiu-o como “consistindo na reorganização, melhoramento, desenvolvimento e avaliação de processos políticas e objectivos para incorporar uma perspectiva de género em todos os conceitos a todos os níveis e estádios por todos os actores políticos envolvidos”.
O mainstreaming de género é sobretudo uma estratégia e um processo, nunca sendo um objectivo em si mesmo, mas uma forma de atingir a igualdade.
Relacionados com toda esta dinâmica estão os jovens e as jovens, que irão herdar e construir uma nova sociedade, sendo por isso tão importante a sua participação e o seu empoderamento, de forma a legitimarem a sua voz no sistema, influenciando a política local e nacional tendo em conta as suas necessidades específicas.
Os Conselhos Nacionais de Juventude de cada país são, por força de razão, os representantes institucionais basilares de qualquer organização juvenil, logo poderão ser, também, o mobilizador por excelência para a intervenção ao nível da igualdade de género junto do movimento associativo juvenil.
Tal acontece, por exemplo, no Conselho Nacional da Juventude da Suíça que implementou uma política de igualdade de género com recurso à abordagem dual referida: acções positivas e mainstreaming. A Suíça implementou um projecto de mentoria chamado de Mulher para Mulher. Este projecto de acção positiva - porque dirigido a um do sexos em que se diagnosticou uma sub-representação - visa incentivar a participação de jovens mulheres (mentoradas) na vida cívica e política do seu país através, nomeadamente, de um contacto próximo com mulheres com reconhecida intervenção na sociedade civil organizada e na esfera política (mentoras).
O projecto de mentoria já vai na sua quinta edição naquele país, tendo sido disseminado para outros países, com algumas variações e adaptações às realidades locais, tais como: - Áustria; - Estónia; - Malta, – e Portugal (onde agora decorre a primeira edição).
Por outro lado, o Conselho Nacional de Juventude Suíço tem levado a cabo toda uma estratégia de criação de estruturas organizacionais que visam a igualdade de género através do mainstreaming: - partindo da prévia existência de uma comissão de raparigas (constituída exclusivamente por voluntárias ligadas, em maior ou menor escala, a diferentes organizações membro de forma a funcionarem como veículo de conhecimentos) e uma pessoa ponto focal para as questões da igualdade de género. A estratégia que adoptaram contemplou vários eventos e realizações: - a recolha de vasta literatura sobre as questões de género, com especial atenção para o trabalho com jovens, precedida pela organização de um seminário dedicado ao mainstreaming; - a criação de um documento político de suporte com conceitos básicos operacionais, objectivos e intenções, destinado ao futuro desenvolvimento do projecto, apontando ainda possíveis riscos e vantagens m termos de implementação no Conselho Nacional de Juventude, seguido de apresentação formal para aprovação pela Direcção assegurando-se, assim, a cooperação de toda a organização.
Após este processo, a comissão traçou uma estratégia que conduzisse a uma maior abrangência e exequibilidade do projecto através de instrumentos vários a serem utilizados no trabalho da organização, levando ao seu efectivo sucesso, tais como: uma fact sheet sobre mainstreaming de género com exemplos de como conceber, implementar e avaliar projectos dirigidos à juventude numa óptica de género; uma checklist para o ciclo de gestão de projectos numa óptica de género; um guia para a definição de instrumentos e suportes comunicacionais com uma forte perspectiva de género em termos de linguagem e imagem e, finalmente, a integração no processo de auto-avaliação anual das e dos jovens que trabalham / fazem voluntariado no e com o Conselho Nacional da Juventude de questões sobre o papel do género no seu trabalho diário e sobre a forma como aplicam os diferentes instrumentos criados.
Outras iniciativas, que irão ser implementadas em breve, são uma formação sobre género a todos/as os elementos do Conselho Nacional da Juventude e uma avaliação sobre a participação de raparigas e rapazes nas reuniões anuais de delegados com o objectivo de diagnosticar a iniciativa de tomada da palavra e participação nas discussões e o tempo de intervenção das raparigas e dos rapazes.
Também na Áustria os jovens e as jovens têm percorrido um grande caminho na demanda pela Igualdade, no Concelho Federal para a Representação dos e das Jovens – foram criados espaços e infra-estrutura que respeitam as necessidades de raparigas e rapazes, levando a cabo eventos, acampamentos e projectos atractivos que reflectem o seu mundo e os seus objectivos; - formaram-se grupos organizacionais de jovens compostos em igual número por rapazes e raparigas, a trabalharem o mesmo número de horas nas mesmas condições; - rapazes e raparigas cumpriram típicas e atípicas tarefas em termos de género; - e foram criadas equipas de um mesmo sexo, i.e., mulheres com raparigas e homens com rapazes, para que pudessem reflectir, experimentar e discutir sensações cruzadas de género fazendo vir à luz uma base de trabalho que pudesse ser posta na prática em campo.
Tendo ainda em consideração a fulcral importância dos média, o Concelho tem uma especial atenção em informar o público de todas as suas actividades.
Estes são apenas alguns dos bons exemplos europeus que continuam a dignificar os modernos valores de que tantos nos orgulhamos.
Portugal ainda tem um longo caminho para percorrer, no entanto as bases estão a ser lançadas dia após dia por várias organizações, das quais a Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens é só um exemplo, hoje aqui também se está a construir um futuro mais justo para o nosso país e pelo qual todos e todas nós somos responsáveis!
Por fim gostaria de vos deixar com o pensamento da cineasta alemã, Rosa von Praunheim, segundo a qual “o sexo encontra-se entre as nossas pernas, o género descobrimo-lo entre as orelhas”!

[1] Salários: Portugal acentua divergência entre géneros: in http://diariodigital.sapo.pt/, 24-02-2006.

quarta-feira, março 01, 2006

Súplica eterna...

Não temo quem me procura, menos temo quem me encontra…
Do passado nada tenho a chorar, fui o que fui e nada há a lamentar!
Serei sempre um produto novo e inacabado de mim, dos tempos e de todos aqueles que os atravessam comigo.
Seguros só vos quero a vós, minhas amarras à vida, a que foi e a que há-de vir!
Por favor não me faltem, não me percam num mar de sargaços onde me deixo afundar sem a vossa presença!
Melhorem rápido, de joelhos vos suplico!

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Horário incompleto...

Vinda do ginásio retornei a casa, com os músculos cansados e a alma mais leve!
Tomei o habitual (pequeno) almoço de cereais, enquanto espreitava o e-mail e os amigos internautas emoldurados pelo Messenger.
Trocam-se mensagens e palavras, vãs o quanto baste para pessoas submersas em quotidianos trôpegos de ritmos diferentes.
Vou tomar banho e fazer umas coisas que a Rede me pediu...
Voltarei ainda ao e-mail e ao Messenger uma vez mais, antes de fazer um derradeiro esforço para transportar a minha fraca vontade em conjunto com o computador para a mesa da sala...
Olharei e voltarei a rever Cas Mudde, para logo em seguida travar uma árdua batalha psicológica entre os programas de duvidosa qualidade televisiva e a construção demasiado lenta da tese – no fundo sei que é apenas uma guerra entre o eu e o eu, i.e., entre o dever e a desmotivação...
Quem vencerá hoje? Sabe-se lá...
São precisamente 15h algures em Lisboa...

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Estrelas aos meus...

Estou recolhida numa casa nova desde o início do ano, com gente nova, e só eu transporto comigo este sombrio marasmo de quem sobrevive a mais um dia pleno de pequenos nadas que se põe para dar lugar a uma noite reluzente de outras estrelas...
Só falta a minha!
Se calhar nunca a tive, se calhar apagou-se num daqueles momentos universais mágicos em que o nada impera.... Ou talvez, simplesmente, se tenha dispersado com a sua luz pela esperança de todos aqueles que me querem bem, que me falam ao mais profundo do ser...
Se assim é, ela que se deixe lá estar, fica bem com eles, mereceram-na e protegem-na melhor do que eu alguma vez o saberei fazer...
De qualquer forma já fazia intenção de a partilhar, com o desejo supremo de poder aquecer todas as mãos que nunca me foram recusadas, como singelo agradecimento de tão fraternal apoio, de tão humanas palmas com linhas e tudo!
Seguramente um dia destes pedi-la-ei emprestada só por um momento, pelo instante que demora a indicar o caminho no deserto em direcção ao infinito.