terça-feira, junho 14, 2005

Monstros do meu passado

Não me toques, monstro feio
não te conheço, não te quero conhecer,
as tuas mãos são-me estranhas
e a tua insinuação é-me revoltante

Revoltam-se-me as entranhas ao teu bafo,
larga-me bicho mau, papão de pesadelos adultos...

Não me toques, não te atrevas,
que da névoa dos meus olhos posso fazer forças,
racho-te ao meio e arranco-te esse odiento bafo pelas orelhas
Larga-me, não te atrevas a tocar-me na alva fímbria do vestido!

Não me toques bicho feio, homem monstro,
desconhecido, desconhecido, desconhecido...
Não sou quem tu pensas,
quem tu julgas poder dobrar às tuas horrorosas vontades,
não, não sou eu...

Vai, some-te,
que eu nunca mais te veja, sinta,
ou sequer relembre o teu bafo e o toque nojento
de homem podre!

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