quarta-feira, outubro 05, 2005

O degrau da falta

Não consigo descrever a sensação de terramoto passado que sinto na alma.
O peso é grande, a destruição dos sentidos maior!
O que habitava nos meus olhos deu lugar à desilusão, mais uma vez, mais outra vez...
De mim só restam ruínas fumegantes que teimam em me recordar o que não sou, o que nunca fui e jamais serei...
Certeza só uma: as construções são sempre muito altas, ondulantes, incertas, a perigarem o desabamento eminente!
A destruição em massa é o que resta do meu ego, do eu, superlativo e obtuso!
No fundo, bem lá no fundo, é tudo um engano, suprema ironia, ou talvez simples cortesia de quem não tem coragem!

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