quarta-feira, outubro 12, 2005

Raiva

Seria talvez politicamente correcto desejar-te uma vida feliz, mas não o vou fazer, não o farei!
Recuso-me a rasgar ainda mais as entranhas do meu sentir, já de si desmembradas, com tamanha mentira.
Confesso que desejo que vás para o "raio que te parta" e que todos os raios do mundo te caiam em cima, confesso que te desejo uma imensa dor de solidão, confesso que te desejo x, y, e w...
Deveria dizer que ao arrepio da rejeição, que como suposta alma nobilíssima, angelical e ainda tua amante no sentir, te desejo o melhor... Mas não o farei, já disse!
Sou apenas uma mulher muito zangada, contigo e comigo mesma, frustada, exangue personificação da dor de alma, a que dói mais. Confesso-me amargamente dolorida, o que te imputo a ti, imputo-me sobretudo a mim: a, b, c, e f, e h...
Enraivece-me sobretudo a ideia de a culpa última ter sido essencialmente minha, por um dia ter acreditado e reiterado o erro por muito, demasiado, tempo... Não te poderei desejar nada de bom...
Sou apenas humana no ser e no sentir, mulher que luta por fazer um luto, por sobreviver a ele, com a suprema esperança de que o próximo suspiro, seja não de tristeza, mas de outra coisa qualquer, porque ser-me-ás então totalmente indiferente!

1 comentário:

Anónimo disse...

ups.... e assim se parte a loiça

guarda os cacos. eu e a minha senhora temos bastante cola

aquele gajo, sabes?


o casado